A atividade de recaptura vem se consolidando como uma das funções essenciais das Polícias Penais no Brasil, que vem se tornando a responsável por localizar e prender indivíduos que fugiram do sistema prisional ou descumpriram medidas judiciais.
Utilizando inteligência penal, apoio de bancos de dados e integração com outras forças de segurança, as equipes especializadas atuam de forma estratégica para garantir o retorno dos foragidos às unidades prisionais.
Essa ação fortalece o cumprimento das penas, reduz riscos à sociedade e reforça a credibilidade do sistema de justiça criminal, contribuindo diretamente para a segurança pública e a ordem no sistema penitenciário.

Santa Catarina
O recém-criado Núcleo de Recapturas da Polícia Penal de Santa Catarina completou 120 dias de atuação com um balanço expressivo: 80 foragidos da Justiça localizados e presos.
Rio de Janeiro
No rio no âmbito da PPRJ existe a Divisão de Busca e Recaptura
Criada há cinco anos, a Divisão de Recaptura completou cinco anos em 2025 com 540 foragidos capturado.
O fortalecimento da Recap tem sido uma prioridade para a Seap nos últimos anos. Atualmente, a divisão conta com uma equipe de 27 Policiais. A unidade adota diversas técnicas operacionais para localizar e prender indivíduos evadidos do sistema penitenciário, o que a tornou referência nacional nesse tipo de operação.
Pará
Na Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) foi criado o Grupo de Recaptura e Monitoramento. O Grupo atua em ações de monitoramento e abordagem de internos que deveriam estar sob monitoramento e desativam ou não estão usando a tornozeleira eletrônica.
No estado do Pará, o monitoramento eletrônico de apenados é realizado por meio de tornozeleiras equipadas com tecnologia avançada. Cada dispositivo conta com dois chips (sincards): um responsável pelo rastreamento por GPS e o outro dedicado a coletar dados operacionais, como nível de carga da bateria e possíveis violações, como rompimento do equipamento.
A vigilância é contínua e ocorre 24 horas por dia, sob responsabilidade de agentes especializados que atuam no Centro Integrado de Operações (Ciop), garantindo controle e resposta imediata em caso de irregularidades.
Ceará
A Polícia Penal do Ceará participou recentemente do curso de rastreamento e recaptura de detentos. Policiais Penais do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) participaram chamado Curso de Rastreador (Recap) que foi realizado no Presídio Militar e no Complexo Terra na Veia, em Maranguape (CE).
São Paulo
Em São Paulo, a PPSP – por intermédio da Lei Complementar n° 1.425, de 02/06/2025, lei que institui a carreira de Policial Penal no Quadro da Secretaria da Administração Penitenciária, teve incrustada em suas atribuições a atividade de recaptura:
Artigo 4° – São atribuições institucionais da Polícia Penal:
III – atuar:
f) na recaptura em caso de fuga, evasão ou abandono da pessoa privada de liberdade, restrita ao momento da evasão ou à perseguição imediata.
Artigo 13 – São atribuições do policial penal:
XIII – planejar, coordenar, executar e participar de ações de busca e recaptura de fugitivos dos estabelecimentos penais do Estado de São Paulo, desde que restrita ao momento da ocorrência ou à perseguição imediata e ininterrupta;
Distrito Federal
No DF, o Grupo de Recaptura da Polícia Penal do DF já contabiliza 83 prisões em 2025
O Grupo de Recaptura da Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) mantém atuação firme na localização e prisão de foragidos do sistema penitenciário. Somente em 2024, a equipe realizou 299 recapturas. Em 2025, até o mês de abril, já foram registradas 83 prisões.
A maioria dos foragidos são internos que descumpriram condições de saídas temporárias ou trabalho externo, utilizando os benefícios concedidos pela Justiça como oportunidade para evadir do sistema penal.
A atuação do grupo é considerada estratégica para garantir o cumprimento das penas e reforçar a segurança pública no DF.
Polícia Penal Federal
Já nas Polícias da União e principalmente na Polícia Penal Federal, não existem grupos próprios para a atividade de recaptura. A PPF por hora, segundo a lei que regulamentou a carreira, permanece realizando as atividades intramuros típicas do então Agente Penitenciário, não se adequando à nova realidade já vivida por inúmeras policias penais no Brasil.
Exemplo disso foi a inédita fuga de dois detentos que ocorreu na Penitenciária Federal de Mossoró em 2024; várias forças de segurança tiveram que realizar o trabalho de busca e recaptura em apoio à PPF.
QSL News: polícia em foco.