Bodyscan: Policiais militares de São Paulo, com uniformes da "Força Patrulha", estão perfilados em ação ostensiva nas ruas da cidade. O foco da imagem está no brasão da "Polícia Militar do Estado de São Paulo" presente na farda. Ao fundo, há trânsito urbano e cones de sinalização, sugerindo operação policial em andamento.

PMSP: Bodycans com reconhecimento facial e leitura de placas

 Iniciativa amplia funções de monitoramento e visa reforçar segurança pública com uso de inteligência artificial. A partir de agosto de 2025, as câmeras corporais utilizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo passarão a contar com novas funcionalidades de reconhecimento facial e leitura de placas de veículos (LPR), tudo de forma automática. A tecnologia já está em fase de testes em batalhões da capital e será implementada gradualmente.

Novas bodycans

A Motorola Solutions assumiu o fornecimento da tecnologia das novas bodycams. A inovação tem como objetivo agilizar a identificação de foragidos da Justiça e veículos com queixas de roubo ou furto, além de ampliar a eficácia das abordagens policiais.

As bodycams começaram a ser utilizadas de forma massiva pela Polícia Militar de São Paulo em 2020, como ferramenta de transparência e controle de ações policiais. Até julho de 2025, mais de 35 mil dispositivos foram distribuídos para unidades da corporação em todo o estado.

Câmera corporal da Motorola, utilizada pela Polícia Militar de São Paulo, aparece em destaque sobre uma superfície de madeira. O dispositivo exibe o brasão da corporação, simbolizando seu uso oficial. Ao fundo, desfocado, aparece outro brasão da PM paulista, reforçando o contexto institucional da imagem.
Foto PMSP Divulgação

Tempo real

A nova fase da tecnologia, anunciada pelo governo paulista e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), permitirá que essas câmeras atuem em tempo real com o cruzamento de dados biométricos e leitura de placas com bancos de dados policiais, incluindo sistemas da própria PM e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP).

A medida visa transformar cada policial equipado em uma espécie de unidade móvel de vigilância inteligente, elevando o potencial de prevenção e resposta rápida a delitos.

 Feitos

Os testes iniciais com os novos recursos foram conduzidos de forma controlada em unidades da capital paulista. A tecnologia empregada realiza:

– Reconhecimento facial automático de pessoas com base em imagens captadas durante patrulhamento;

– Leitura e cruzamento de placas de veículos com dados de furto, roubo ou restrições administrativas;

– Alerta em tempo real para o policial caso um rosto ou placa batam com registros de suspeitos ou foragidos.

Armazenamento em nuvem

A operação do sistema respeita os mesmos protocolos já utilizados atualmente pelas bodycams, como o acionamento automático no início do turno e o armazenamento criptografado em nuvem. A empresa contratada também é responsável pela gestão da plataforma de análise de dados.

Até o momento, não houve divulgação de prisões realizadas exclusivamente por meio das novas funções, uma vez que a fase é considerada de testes. Contudo, a expectativa é de que os primeiros flagrantes com o novo sistema ocorram já nas primeiras semanas de agosto.

 Atualizações constantes

O governo paulista afirma que a integração das bodycams com sistemas de identificação facial e de veículos será progressiva e supervisionada por técnicos da SSP e da própria PM. A tecnologia passará por atualizações constantes de software, e o banco de dados será alimentado com informações fornecidas por diferentes órgãos de segurança e justiça.

Ainda não foram divulgadas metas numéricas para a quantidade de abordagens ou detenções esperadas com a nova tecnologia, mas a expectativa é que o sistema atue como uma extensão dos Centros de Operações da Polícia Militar (Copom) e das centrais de inteligência.

Auditorias

Segundo o governo, todo o processo será acompanhado por auditorias e com respaldo jurídico. Não há, até o momento, manifestação formal do Ministério Público sobre a nova funcionalidade, mas especialistas apontam a importância de observar os limites legais quanto à privacidade e à proteção de dados.

Vigilância ampliada  

As câmeras corporais com capacidade de reconhecimento facial e leitura de placas não dependem de uma rede fixa de monitoramento urbano. Isso significa que o próprio deslocamento dos policiais amplia o alcance da vigilância, sem necessidade de câmeras fixas ou portais de leitura de placas.

Essa mobilidade é considerada estratégica pela SSP, pois permite cobrir áreas não atendidas por câmeras tradicionais. Além disso, cada dispositivo pode gerar alertas individualizados e personalizados conforme a região de atuação e o tipo de patrulhamento.

O sistema também é integrado com algoritmos de inteligência artificial, capazes de reduzir falsos positivos e priorizar alertas mais relevantes.

 Novo patamar

A inclusão de recursos de reconhecimento facial e leitura de placas nas câmeras corporais representa um novo patamar na atuação policial em São Paulo, especialmente no combate a crimes como furtos, roubos de veículos, tráfico de drogas e localização de foragidos.

Especialistas apontam que o uso de tecnologia pode elevar a efetividade das ações preventivas e qualificadas, reduzindo abordagens aleatórias e aumentando a precisão nas intervenções.

Redução de 62%

Segundo dados da SSP, as bodycams já existentes reduziram em 62% o uso da força em abordagens e aumentaram a confiabilidade nas ocorrências registradas. A expectativa agora é que os novos recursos agreguem ainda mais valor às estratégias de policiamento orientado por dados.

QSL News: polícia em foco.

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